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Entrou oficialmente em operação nesta segunda-feira (16) o Pix Automático, nova funcionalidade do sistema de pagamentos instantâneos do Brasil. Criado pelo Banco Central em 2020, o Pix já é utilizado por 91% da população adulta do país. Com a chegada dos pagamentos recorrentes, empresas digitais com modelo de assinatura, como plataformas de streaming e serviços de software (SaaS), poderão alcançar uma base de consumidores ainda maior.
A empresa global de tecnologia EBANX, especializada em soluções de pagamento para mercados emergentes, já está integrada ao Pix Automático e pronta para disponibilizar a nova função aos seus clientes a partir de hoje. Gigantes do setor de streaming e empresas de SaaS estão entre os primeiros a implementar a novidade em seus checkouts por meio da infraestrutura da EBANX.
Segundo dados do Banco Central, o Pix já é utilizado por mais de 170 milhões de brasileiros. No entanto, cerca de 60 milhões de pessoas no país ainda não possuem cartão de crédito. Nesse cenário, o Pix Automático surge como uma solução para ampliar o acesso a serviços pagos online e permitir uma nova fonte de receita para empresas que dependem de cobranças recorrentes.
De acordo com o relatório Beyond Borders 2025, da EBANX em parceria com a Payments and Commerce Market Intelligence (PCMI), o Pix Automático pode desbloquear mais de 30 bilhões de dólares em pagamentos recorrentes online nos próximos dois anos. “A nova funcionalidade recorrente do Pix é essencial para democratizar o acesso a serviços por assinatura e oferecer controle financeiro sem precedentes a milhões de brasileiros”, afirma Eduardo de Abreu, vice-presidente de Produto da EBANX.
Impulso no e-commerce
A expectativa é que, com o Pix Automático, o Pix ultrapasse os cartões de crédito como o meio de pagamento mais utilizado no comércio digital brasileiro até o final de 2025. Atualmente, ele já é o método de pagamento online que mais cresce nos mercados emergentes da América Latina, África, Sudeste Asiático e Índia, com taxa de crescimento anual de 35% até 2027, segundo projeções da PCMI.
Essa expansão está diretamente ligada ao lançamento de hoje. “Setores com baixa penetração do Pix em volume de transações devem passar por uma transformação nos próximos anos”, projeta Abreu. No momento, o Pix representa 13% das transações online no setor de SaaS e apenas 2% no de streaming, enquanto a média geral de participação do Pix em todas as verticais é de 40%.
Apesar disso, o domínio dos cartões de crédito nesses segmentos ainda é expressivo: 79% do volume transacionado no streaming e 86% no SaaS ainda dependem dos cartões. Mas a tendência é que o Pix não substitua os cartões, e sim complemente o mercado. “Não esperamos uma queda no volume dos cartões nos setores com pagamentos recorrentes, mas sim um crescimento paralelo com o avanço do mercado como um todo”, explica o VP da EBANX.
As projeções da PCMI apontam que o comércio eletrônico brasileiro deve crescer 40% nos próximos dois anos, o que representa US$ 167 bilhões adicionais em compras online. Nesse contexto, o Pix Automático pode se tornar uma peça-chave para impulsionar esse avanço e incluir milhões de novos consumidores no universo digital.
